sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

As quatro mulheres negras que prometem em 2017

A jornalista e cinéfila, Lúcia Lázaro escreveu um artigo da Revista Vertigem, na qual escolhe as 8 mulheres que prometem serem verdadeira revelação em 2017. Separamos as quatro mulheres negras escolhidas: Angélica Dass  , Sabrina Fidalgo , Djamila Ribeiro , Ava DuVernay. 
Acompanhem a escolha e classificação e façam seus comentários, meninas:

Passei o último ano acompanhando várias mulheres e coletivos femininos incríveis dentro e fora do Brasil, na área das artes e entretenimento, e decidi que este é o momento de reunir esses nomes e apresentá-los à Vertigem. Após uma difícil escolha, no melhor estilo “A Escolha de Sofia” (filme dramalhão icônico de 1982, que deu o primeiro Oscar de melhor atriz à espetacular Meryl Streep), resolvi que estas são as oito mulheres que vão dar muito o que falar ao longo de 2017. Para cada uma delas, tracei um perfil que servirá de introdução às mentes brilhantes das mulheres que compõem este grupo totalmente heterogêneo, formando um mosaico de idades, raças, profissões e experiências. Algumas já são famosas, outras nem tanto. Em comum, todas reúnem talento, criatividade, perseverança, inteligência e muita garra. Mulheres que vêm fazendo a diferença no mundo. Venham conhecer estas mulheres que causarão vertigem em 2017!
 
A fotógrafa e artista visual carioca Angélica Dass (Foto: Divulgação)
Angélica Dass é uma fotografa e artista visual carioca radicada em Madri, capital da Espanha, há mais de 10 anos, para onde foi inicialmente para trabalhar como estagiária de um museu espanhol.  Formada em Belas Artes pela UFRJ, Angélica, durante os seus primeiros anos na Espanha, criou junto com outros amigos brasileiros espalhados pelo mundo, o cultuado blog ‘Cajon Desastre’ (que em português significa algo como “gaveta bagunçada”), onde cada colaborador escrevia sobre moda, cinema, arquitetura, artes, design e comportamento, sempre sob o viés do que de melhor acontecia em cada capital do mundo onde cada um deles se encontrava. Depois de um tempo, surgiu a ideia do “Humane”, seu mais ambicioso projeto,
que a tem levado para exposições e palestras nos quatro cantos do mundo, fazendo dela uma das artistas visuais brasileiras de maior renome e prestígio internacionais do momento. Mesmo assim, o nome e o trabalho de Angélica ainda não são muito conhecidos no Brasil. Em “Humane”, a ideia é criar um inventário de “pantones humanos”, catalogando, assim, todos os tons de pele possíveis e imagináveis. Para isso, Angélica já fotografou mais de três mil pessoas em mais de 13 países, até agora. A jornada foi iniciada em 2012 e não tem data para acabar. A ideia inicial surgiu logo quando ela conheceu seu ex-marido, um físico espanhol “com pele de lagosta queimada do sol” e se viu obrigada a responder perguntas esdrúxulas sobre qual seria a cor do filho deles. Daí em diante, a artista teve a genial ideia de fotografar sua família e ela mesma. A mãe de Angélica é uma negra descendente de índios e seu pai, também negro, foi adotado por uma família de brancos no Rio. Em seguida, a artista passou a registrar seus amigos e rapidamente, passou a fotografar desconhecidos. Os cliques sempre sem camisa e em 3×4 com fundo branco acontecem em um pequeno estúdio portátil que ela carrega mundo afora. Depois, a artista recorta um pedaço da ponta do nariz de cada fotografado, cuja cor é usada como fundo de cada foto. Sob cada imagem ela inclui ainda o número da cor de referência retirada da paleta industrial Pantone, tida como a bíblia das cores. Após criar seu Tumbrl e uma página para divulgar as fotos do projeto “Humane” no Facebook, os convites começaram a chegar rapidamente e logo, Angélica já estava expondo os resultados em grandes galerias, museus e praças públicas pelo mundo, como aconteceu em São Paulo, em 2013, numa praça do centro da cidade. Se as cores nunca foram um problema em sua família multiétnica, Angélica percebeu cedo que o mesmo não se aplicava da porta de casa para fora. “O Brasil é um dos piores lugares do planeta para se nascer negro. Há um racismo institucionalizado e escondido”, afirmou ela à revista Serafina, da Folha de São Paulo, para onde concedeu uma entrevista de quatro páginas logo após dar uma palestra que emocionou a audiência do TED, em Vancouver, onde foi aplaudida de pé. Desde dezembro, Angélica está passando férias no Rio de Janeiro, mas, nesse meio tempo, já teve que se deslocar a trabalho. Foi convidada para ser uma das líderes culturais do Fórum Econômico Mundial de Davos, que convocou artistas de grande relevância internacional para inspirar as lideranças mundiais com seus trabalhos e engajamento. Estranhamente, não houve uma menção de sua participação em Davos na mídia brasileira. Em março, antes de regressar a Madri das férias no Rio de Janeiro, Angélica irá a Buenos Aires para participar com o “Humane” do FOLA – Fototeca Latinoamericana.





A cineasta carioca Sabrina Fidalgo (Foto: Divulgação)
Multiartista, a carioca Sabrina Fidalgo é diretora de cinema, roteirista, produtora, atriz e, de vez em quando, assume a persona “Lady Sabrina Queen” em suas performances como DJ nas festas mais descoladas do Rio. “Mas meio que aposentei a LSQ (as suas inicias de DJ) por ora”, avisa. Seu posicionamento “anti-racialização” dos diretores negros no cinema brasileiro é bem conhecido e costuma provocar acalorados debates. Para ela, “aceitar e vestir os papéis oferecidos pelo racismo institucional sem o mínimo de questionamento e ainda prestar-se a servir de ‘token’ apenas para
receber uma rebarba do sistema, ocupando, assim, um nicho racial, sem que isso implique em alguma corrente ou movimento estético, é abaixar demais a cabeça, sem o mínimo de consciência. E isso é algo que não combina em nada comigo. Temos que vencer o machismo, o racismo e as barreiras impostas no cinema brasileiro, sim. Mas o objetivo é a paridade em todos os sentidos e não, o recebimento de reles migalhas”. A diretora da cultuada ficção-científica, “Personal Vivator”, curta afro-futurista estrelado por Fabrício Boliveira, é considerada uma das grandes promessas femininas do cinema e já teve seus filmes exibidos em mais de 50 festivais nacionais e internacionais, em lugares que vão de Tóquio, passando por Maputo, chegando até Los Angeles, entre muitos outros. Em novembro último, Sabrina lançou seu sexto e mais recente trabalho no Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro, o Curta Cinema, a obra-prima “Rainha”, uma fábula superpotente de 30 minutos sobre o carnaval filmado em preto e branco, que conta a saga de uma jovem negra e periférica (interpretada pela atriz e musa da diretora, Ana Flavia Cavalcanti) que luta para realizar o sonho de se tornar a rainha da bateria da escola de samba de sua comunidade. A cineasta realizou “Rainha” após ter sido a diretora convidada e escolhida pelo comitê do edital de curtas “Fábrica de Cinema”, financiado pelo Polo Audiovisual da Zona da Mata de Minas Gerais. Com isso, o projeto também foi contemplado com o patrocínio da empresa Energisa. E antes mesmo do encerramento da última edição do festival carioca, o filme já havia sido aclamado pela crítica especializada como um dos maiores ensaios estético-antropológicos sobre o Carnaval no cinema e recebido mais quatro prêmios de outro festival, o Ver e Fazer Filmes. Ao final do Curta Cinema, “Rainha” foi laureado com o prêmio de melhor filme pelo Júri Popular. Filha única de Ubirajara Fidalgo, dramaturgo negro pioneiro e criador do T.E.P.R.O.N (Teatro Profissional do Negro) e da produtora, cenógrafa e cofundadora do T.E.P.R.O.N, Alzira Fidalgo, Sabrina cresceu em um ambiente cercado por arte, política e militância. Começou a atuar na companhia dos pais ainda aos dois anos de idade como mascote do T.E.P.R.O.N e, além disso, cresceu fazendo participações esporádicas em comerciais, filmes e programas de TV. Aos 21 anos, trocou o curso de Artes-Cênicas na Uni-Rio por um curso alemão em Munique, Alemanha. Estudou cinema e documentário na Escola de TV e Cinema de Munique e, em seguida, após participar de um disputado concurso com vários alunos europeus, foi a única latino-americana a ganhar uma bolsa integral para cursar especialização em roteiro na Universidade de Córdoba, na Espanha. Àquela altura, a jovem realizadora já estagiava em diferentes funções nas produções da escola e em outras produções independentes europeias e, em pouco tempo, realizava os seus primeiros curtas. Ao ser premiada pelo Lateinamerika-Institut da Universidade Livre de Berlim, pelo curta “Black Berlim”, Sabrina retornou de vez ao Brasil e abriu sua própria produtora independente junto com sua mãe, a “Fidalgo Produções”, com a qual realizou, até agora,  seis curtas, um documentário musical de média-metragem para a TV e vários videoclipes. No final de 2016, Sabrina ganhou a primeira retrospectiva de sua carreira promovida pelo Centro de Artes da UFF, onde todos os seus curtas foram exibidos no Cine Arte da universidade em Niterói, Rio de Janeiro. Uma nova retrospectiva de sua obra ocorrerá, desta vez na Central de Produção Multimídia (CPM) da Escola de Comunicação da UFRJ, prevista para acontecer no mês de abril. Enquanto isso, a cineasta ocupa-se com a carreira nos festivais e mostras do recém-lançado “Rainha” e trabalha em uma série de outros projetos para o cinema, teatro e TV, entre eles, o maior de todos os seus projetos, o seu primeiro longa de ficção. Todos os projetos terão a participação de seu “Iansamble” (mistura de Iansã com “emsamble”, que quer dizer grupo, em francês) o mesmo grupo de atores e técnicos com os quais vem trabalhando desde “Personal Vivator”.


A filósofa e ativista do feminismo negro Djamila Ribeiro (Foto: Divulgação)
Feminista brasileira, pesquisadora e mestre em Filosofia Política pela Universidade Federal de São Paulo, Djamila Ribeiro foi secretária-adjunta de Direitos Humanos e da Cidadania da cidade de São Paulo durante a gestão do prefeito Fernando Haddad. Virou a maior referência do feminismo e do movimento negro no Brasil graças aos seus posicionamentos firmes e didáticos como colunista da revista Carta Capital, aos seus textões no Facebook e a maciça participação em debates por todo o Brasil. Arrasadora, Djamila, que também é dona de um invejável carisma, consegue nocautear seus interlocutores sempre com respostas sensatas sobre questões que envolvem a situação da mulher negra brasileira. Suas recentes aparições em programas televisivos aumentaram sua popularidade por todo o país, o que a levou a estrear como apresentadora de seu próprio ‘talk-show’, o “Programa de Entrevista”, que debutará este ano no Canal de TV a cabo, Futura. Djamila nasceu em Santos, cidade do litoral de São Paulo, e ainda na infância entrou em contato com a militância política por influência de seu pai, um estivador que era fazia parte do movimento negro, comunista e autodidata, que mesmo com pouco estudo formal, era um erudito e mantinha uma grande biblioteca em casa. Ela é a mais nova de dois irmãos e uma irmã, e guarda memórias de uma infância feliz, com os cabelos sendo trançados por mãe e avó, aulas de xadrez na União Cultural Brasil-União Soviética (foi medalhista de bronze, aos oito anos, em um campeonato de xadrez santista), tardes no Partido Comunista de Santos, que o pai fundou ao lado de outros militantes. No entanto, já na primeira série do Ensino Fundamental (o equivalente atual ao segundo ano), o racismo se tornou cada vez mais presente em sua vida, por meio de xingamentos de colegas de classe, exclusão, falta de preparo de profissionais de educação para lidar com a situação e outras questões, o que foi minando sua confiança em si mesma. Aos 18 anos, envolveu-se com a Casa da Cultura da Mulher Negra, uma organização não-governamental santista, e passou a mergulhar cada vez mais em temas relacionados a gênero e raça. Djamila, que se mudou recentemente de Santos para um apartamento em São Paulo, ainda consegue conciliar tantos compromissos profissionais com a maternidade. É mãe de uma menina de 11 anos.

A cineasta americana Ava DuVernay (Foto: Divulgação)
A americana Ava DuVernay é diretora, roteirista, produtora, publicitária e comanda a distribuidora de filmes, Array, na Califórnia. Ava é considerada, hoje, uma das mais famosas e poderosas diretoras mulheres do cinema independente norte-americano e seu nome lidera sempre o topo das listas das maiores e mais promissoras realizadoras do cinema mundial. Em 2012, Ava foi a primeira mulher negra a ganhar o prêmio de melhor direção no festival Sundance com o seu segundo longa, “The Middle of Nowhere”, a primeira mulher negra a concorrer ao Globo de Ouro de melhor diretora e ao Oscar de melhor filme e melhor direção com o seu aclamado longa “Selma – A Marcha da Liberdade”, sobre a marcha liderada por Martin Luther King contra a segregação racial e pela defesa dos direitos da comunidade negra nos EUA. No próximo dia 28, voltará ao Kodak Theater outra vez, desta vez concorrendo com seu novo filme, “A 13ª Emenda”, produzido pelo Netflix, na categoria melhor documentário. O documentário já é tido como o favorito nos bolões do Oscar e, caso a profecia se concretize, Ava será, de fato, a primeira mulher negra diretora a ganhar uma estatueta na história do Oscar. Em “A 13ª Emenda”, Ava propõe um amplo debate sobre a situação racial nos EUA em plena era Trump, traçando um paralelo entre a situação penal americana e o fim da escravatura nos Estados Unidos. Nessa época, havia uma grande necessidade de mão-de-obra barata, então, a solução foi acusar parte dessas pessoas recém-libertadas por crimes banais como vadiagem, levando-as a trabalhar sob custódia. Ava estabelece uma relação direta entre a abolição da escravatura, a segregação racial e a guerra contra o crime e contra as drogas. O resultado é um fenômeno de encarceramento em massa num país onde as prisões são um grande negócio. Ava é uma das mais importantes vozes no debate sobre diversidade em Hollywood, e está pondo a mão na massa para mudar os rumos da indústria cinematográfica. Um exemplo disso é o trabalho que ela desenvolve com a sua distribuidora, cujo foco é distribuir trabalhos de cineastas mulheres e de minorias, dando visibilidade a obras que talvez jamais viriam a público. Ao L.A. Times, Ava disse: “Eles estão se perguntando: ‘Por que fazer algo que ninguém vai assistir?’. Há um desrespeito inerente à distribuição. Há uma segregação cinematográfica em como os filmes são ou não são vistos. O que estamos dizendo é que não vamos mais depender disso a partir de agora. A Array vai atuar não apenas nas salas de cinema, mas também em plataformas como o Netflix. O consumidor está decidindo o que quer ver, quando e como quer ver, e cineastas estão cada vez mais cientes disso, e aceitando o fato de que o sucesso não depende de ter o filme no cinema tradicional”. Ava DuVernay é uma das arquitetas dos novos tempos e está fazendo história nesse romper de barreiras que dará à muita gente um espaço precioso na cultura audiovisual.
 
 



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Psicólogo diz: amor tem 5 estágios, mas maioria de nós emperra e pula fora no 3º

O que voce acha? Concorda que a aconteça o mesmo com o nosso povo? Leia e dê sua opinião!

Fonte: MSN - Fotos: Google Imagens

Quem já se apaixonou e viveu casos de amor sabe bem que o sentimento enfrenta diversas fases, das mais intensas e felizes às mais dramáticas e realistas. Em um artigo para o site MenAlive, o psicólogo Jed Diamond afirma que o amor tem exatamente 5 estágios, mas que a maioria das pessoas emperra e pula no terceiro. Conheça as características de cada um:

Como funcionam as 5 fases do amor

Fase 1- Paixão: o momento de encantamento em que tudo parece maravilhoso no relacionamento, especialmente por estarmos inundados de hormônios relacionados à felicidade e ao bem-estar.
Fase 2 - Comprometimento: quando o casal percebe que a louca paixão dá lugar a um amor mais profundo e calmo. É o momento de alegria e satisfação, autoconhecimento e aceitação, em que ambos começam a vislumbrar laços ainda mais fortes e até a possibilidade de constituir uma família.

Fase 3 - Desilusão: segundo o especialista, é o período em que a maioria das pessoas sentem vontade de pular fora da relação e o ponto em que grande parte das uniões chega ao fim. A fase pode chegar aos poucos ou de uma vez, mostrando que pequenos defeitinhos no outro se tornam insuportáveis e a irritação e a decepção roubam o lugar da felicidade e da intenção de seguir adiante. Quem sobrevive, pode ainda experimentar outras duas fases.
Fase 4 - Amor real:  o estágio em que o casal conseguiu enfrentar a superar os dramas e as turbulências da terceira fase e percebem que, apesar de brigas e desilusões, sentem que o sentimento de carinho é maior e que merece ser cuidado. No período, os parceiros se unem para um bem comum e se apoiam mutuamente criando a compreensão do que é amar a si próprio e ser amado.
Fase 5 - Transformação: a fase do amor mais amplo e humanitário, quando os parceiros românticos estabelecem que a convivência a dois é feliz e saudável, sem margens para preocupações, e que agora, juntos, são até mesmo capazes de transformar o mundo. É neste período em que ocorre a compreensão de que, se puderam superar diversidades em nome de um bem maior, o mesmo conceito pode ser aplicado para a criação de um mundo melhor.